“Ao contemplar as estrelas, sinto a nostalgia de uma existência cósmica. Pertencendo ao universo infinito, minha alma anseia pelo eterno baile dos astros e pela magia do desconhecido.”
Minha origem é distante; eu estava em todos os lugares e, ao mesmo tempo, em lugar algum. Meu ser navegava infinitamente pelos campos frios do universo. Meu propósito era vagar sem destino definido, contemplando o brilho das estrelas e o baile cósmico dos astros, vislumbrando o ciclo eterno de transformação. Por muito tempo, isso definia minha existência: um ser de pura energia com um desejo insaciável de contemplar a magia do universo. Meus amigos eram os eventos cósmicos, e minhas vontades permeavam esse fluxo contínuo de experiências e descobertas.
Essa jornada primordial foi interrompida por um novo propósito. Eu havia explorado o universo aberto, mas nunca me aventurara no universo limitado pela própria essência da existência. Em minha nova forma materializada, meu espírito sempre soube que pertencia aos céus. Olhar para as estrelas me traz uma nostalgia complexa e uma melancolia imensurável. Eu era das estrelas; eu pertencia às estrelas, e esse pensamento é inato dentro de mim, sempre foi e sempre será.
Apaixonado pela liberdade e pela contemplação, o destino me reservou uma nova descoberta. Sinto que ele queria que eu entendesse o que é limitado, para valorizar o que não tem limites. Todos os conceitos me guiam para a verdade: o tudo está em tudo, até no nada.
Não sei qual é o propósito da minha transformação, assim como na teoria dos três corpos, onde as trajetórias são incalculáveis. Não sei quem é o maestro do universo, mas fui alocado em uma sinfonia. Vejo-me como um violinista tímido que toca solos agudos, externando minha alma através de meu som inconstante. Essa alma, que um dia foi pura energia, era algo etéreo, intransponível, imaterial.
Minha nova existência é também repleta de ilustrações da valsa cósmica. Preciso criar, destruir, me transformar e recriar. É um ciclo contínuo de curiosidade e descobertas que posso guiar, mas não controlar. Estou à mercê do que essa infinidade me reserva.