Nero, Autor em Revenero https://revenero.com/author/revenero/ "Nada real, tudo paradoxal." Sat, 08 Jun 2024 21:03:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.5 https://revenero.com/wp-content/uploads/2024/06/2af6c371-0ad7-48ee-859d-fe9912af0b18-150x150.jpeg Nero, Autor em Revenero https://revenero.com/author/revenero/ 32 32 Mutabilidade https://revenero.com/reflexoes-filosoficas/mutabilidade/ Sat, 08 Jun 2024 15:54:37 +0000 https://revenero.com/?p=481 “A essência da vida está na transformação constante; a rigidez é uma ilusão, enquanto a verdadeira liberdade reside na capacidade de se adaptar e evoluir.”

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O conceito implica que todos nós somos voláteis e não deveríamos ter posicionamentos extremos ou muito fixos, dada a circunstância de que a natureza humana consiste na transformação e na evolução. Evidentemente, muitas pessoas permanecem “fiéis” ao meio em que foram criadas e aos padrões estabelecidos durante a infância e adolescência, seja por influência externa ou indução familiar. No entanto, é crucial estimular sua consciência para entender seus interesses de forma mais profunda. Seus gostos devem refletir a maneira como você se sente, não simplesmente uma adaptação a uma realidade imposta.

Seu ímpeto pela vida deve ser autêntico. Embora as influências sejam importantes na formação de sua identidade — afinal, o mundo é regido pela relatividade e comparação — você deve receber esses estímulos e transformá-los em algo compatível com sua essência e identidade.

Nietzsche já havia feito a seguinte colocação: “Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.”

Dito isso, não se trata apenas de reavaliar as páginas de sua consciência, mas de agregar novos conceitos e estar sempre aberto a novas experiências e aplicações. O maior exemplo que podemos considerar é a própria lei natural de desenvolvimento humano: seu ser de hoje é mais completo do que era ontem, mas menos completo do que pode ser amanhã. Tendo isso em mente, podemos constatar com evidências que sua existência tem mais valor quando você tem espaço a preencher e universos a conhecer. O sentido da vida é alentado pela jornada sem fim aparente.

Trago um questionamento a você: você morreria por alguma opinião? Ou ainda assim, acha que faz sentido ser lunático por algum ideal?

Abra sua mente. A grandeza genuína não consiste no tamanho, mas na força que você exerce no ambiente e dentro de si.

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Integridade Equivalente https://revenero.com/reflexoes-filosoficas/integridade-equivalente/ Thu, 06 Jun 2024 17:07:19 +0000 https://revenero.com/?p=100 "A verdadeira evolução espiritual não está em se tornar absolutamente positivo, mas em abraçar o equilíbrio do universo. Nossa integridade reside na aceitação do caos e na transformação contínua."

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“A verdadeira evolução espiritual não está em se tornar absolutamente positivo, mas em abraçar o equilíbrio do universo. Nossa integridade reside na aceitação do caos e na transformação contínua.

Observa-se que em nossa sociedade há uma variedade infindável de seres e essências, e que, em sua grande maioria, não seguem os caminhos da expansão de consciência, vivendo no leito do hiato existencial: o ato de não reconhecer sua própria existência como algo a ser vivenciado e modelado. Esse pode ser o maior antagonista da graça que é existir.

Dito isso, devemos assimilar que nossa composição etérea não é integral, mas sim, composta. Os termos mais universais, positivo e negativo, são aplicáveis e úteis para designar o propósito de nossas atitudes. Uma das leis do universo é o equilíbrio; nada sai do lugar sem que algo preencha aquele espaço que ficou vazio. Naturalmente, somos forçados a estar em constante movimento, e isso se prova apenas observando a natureza, conforme descrito acima.

Após entender um pouco dos conceitos listados, podemos ser mais incisivos no que se refere à questão do equilíbrio acerca de nossas energias, e podemos constatar que nossa integridade segue uma equivalência.

Ao contrário do que muitos pensam e pregam, a evolução espiritual é se tornar cada vez mais neutro e não mais positivo, pois o que se torna absoluto se torna obsoleto. É por esse motivo que você deve abraçar o negativo, pois sem ele você não teria parâmetros para medir o que é positivo. Além disso, o que é desregulado se perde no próprio eixo, pois tudo que é excessivo, absolutamente tudo, fere as leis da natureza e não podemos lutar contra elas.

Para uma melhor visualização de como a natureza é organizada em seu próprio caos, observe as galáxias, que são uma grande sinfonia mista que unifica o astral, o físico e o místico. O termo que pode provar essas afirmações se chama: Transformação. Podemos ver de forma prática na citação de Lavoisier: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Precisamos entender que a verdade é relativa. De forma mais simples, você dita como deve viver sua vida e o que você faz é referente a suas verdadeiras intenções. E entendemos que o caminho a seguir não é o do bem ou mal; é o caminho da evolução, pois a verdade não é singular, é plural.

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O Viajante das Estrelas https://revenero.com/narrativas-poeticas/o-viajante-das-estrelas/ Thu, 06 Jun 2024 17:04:38 +0000 https://revenero.com/?p=97 "Ao contemplar as estrelas, sinto a nostalgia de uma existência cósmica. Pertencendo ao universo infinito, minha alma anseia pelo eterno baile dos astros e pela magia do desconhecido."

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Minha origem é distante; eu estava em todos os lugares e, ao mesmo tempo, em lugar algum. Meu ser navegava infinitamente pelos campos frios do universo. Meu propósito era vagar sem destino definido, contemplando o brilho das estrelas e o baile cósmico dos astros, vislumbrando o ciclo eterno de transformação. Por muito tempo, isso definia minha existência: um ser de pura energia com um desejo insaciável de contemplar a magia do universo. Meus amigos eram os eventos cósmicos, e minhas vontades permeavam esse fluxo contínuo de experiências e descobertas.

Essa jornada primordial foi interrompida por um novo propósito. Eu havia explorado o universo aberto, mas nunca me aventurara no universo limitado pela própria essência da existência. Em minha nova forma materializada, meu espírito sempre soube que pertencia aos céus. Olhar para as estrelas me traz uma nostalgia complexa e uma melancolia imensurável. Eu era das estrelas; eu pertencia às estrelas, e esse pensamento é inato dentro de mim, sempre foi e sempre será.

Apaixonado pela liberdade e pela contemplação, o destino me reservou uma nova descoberta. Sinto que ele queria que eu entendesse o que é limitado, para valorizar o que não tem limites. Todos os conceitos me guiam para a verdade: o tudo está em tudo, até no nada.

Não sei qual é o propósito da minha transformação, assim como na teoria dos três corpos, onde as trajetórias são incalculáveis. Não sei quem é o maestro do universo, mas fui alocado em uma sinfonia. Vejo-me como um violinista tímido que toca solos agudos, externando minha alma através de meu som inconstante. Essa alma, que um dia foi pura energia, era algo etéreo, intransponível, imaterial.

Minha nova existência é também repleta de ilustrações da valsa cósmica. Preciso criar, destruir, me transformar e recriar. É um ciclo contínuo de curiosidade e descobertas que posso guiar, mas não controlar. Estou à mercê do que essa infinidade me reserva.

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O Vórtice https://revenero.com/narrativas-poeticas/o-vortice/ Thu, 06 Jun 2024 17:01:23 +0000 https://revenero.com/?p=93 "O vórtice do conhecimento consome nossa essência, trocando pedaços de nós por fragmentos do infinito. Nele, cada passo em direção ao saber nos torna menos nós mesmos e mais parte da vastidão universal."

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Se você é sedento por conhecimento e continuamente se instiga a compreender os meandros da vida e suas complexidades, há um limite, uma fenda, uma linha. Esse lugar é uma dimensão incompreensível, mas com regras que podem ser interpretadas. Ao cruzar o limiar e dar o primeiro passo rumo a esse lugar, não há retorno: você mergulha em um fluxo insaciável por saber, uma torrente constante e imponente. No entanto, todo esse conhecimento tem um preço.

Baseando-se no conceito da integridade equivalente e no equilíbrio energético das balanças cármicas, você gradualmente consome sua animosidade e sanidade. Quanto mais você desvenda os segredos do universo, mais se assemelha a ele. O vórtice é o caminho que separa seu ser do saber infinito. Pouco a pouco, pedaços de você se desvanecem, enquanto os conhecimentos preenchem os vazios deixados para trás.

Podemos imaginar uma analogia materializada: no vórtice, há um espelho bilateral. Ao mergulhar na vida estática e começar a racionalizar seus pensamentos e objetivos, você se vê engolido por ele. Em troca, torna-se menos você e mais ele. Este é o dilema da troca.

O vórtice é a fonte constante da minha melancolia irreparável e da minha sede primordial incurável. Constantemente ofereço retratos do que um dia fui por novas peças do que um dia serei, ou tento pensar que serei, afinal, este conhecimento não é meu; ele é tudo, e está presente em todos…

“A Sinfonia do Caos” – Como gosto de chamar a ordem do universo. Essa ordem se manifesta de forma intrigante, pois é uma estruturação organizada de elementos caóticos. E essa descrição nos leva a uma nova definição: o poder da criação (que todos nós temos) é a habilidade de estruturar o caos que habita dentro de nós. O caos interno é resultado da fonte inesgotável de instintos criativos, e ao acessá-los, obtemos o poder divino herdado de alguma divindade: criar mundos e cenários infinitos.

O Vórtice ecoa com a “Sinfonia do Caos”; o vórtice é a jornada, e a Sinfonia do Caos é a singularidade. Esta é a fórmula que dá origem ao veículo que nos conduz na busca pelas respostas que ninguém jamais conseguiu encontrar, pois, caso alguém o faça um dia, esse alguém terá sido completamente consumido pelo vórtice, tornando-se a própria singularidade. Nesse ponto, não podemos mais enxergar além da singularidade.

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Inferno Gelado https://revenero.com/cronicas-introspectivas/inferno-gelado/ Wed, 05 Jun 2024 22:23:28 +0000 https://revenero.com/?p=39 "Preso em um inferno gelado, onde a dúvida paralisa e a estagnação consome, o espírito livre se aprisiona em um ciclo de delírios e desesperança. Apenas um salto rumo ao desconhecido pode quebrar os estigmas e libertar a alma do seu próprio cativeiro."

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Quando você se encontra preso em uma teia de dúvidas e estagnação, é como se entrasse em um universo paralelo conhecido como o “inferno gelado”. Nessa dimensão, você experimenta uma gama de sintomas físicos e psicológicos que tornam cada dia uma jornada angustiante. Na incerteza, você se vê incapaz de avançar, temendo cada passo em direção ao desconhecido.

É uma sensação excruciante, onde o vazio consome sua essência, deixando-o à deriva em um mar de desespero. Seu espírito livre se vê aprisionado, enquanto seus pensamentos vagam em um ciclo interminável de delírios e questionamentos. A cada momento, você se vê mais distante de si mesmo, testemunhando impotente o esvaziamento gradual de sua energia vital.

Você sabe o que precisa fazer, mas a inércia o prende em suas garras cruéis. Por que, então, sucumbir à passividade? Por que permitir que o medo do desconhecido o mantenha cativo em sua própria prisão mental? Enquanto você hesita, seu espírito é consumido pelas chamas ardentes da angústia ou congelado pelo gelo do esquecimento.

É uma batalha interna, uma guerra silenciosa travada nos recantos mais profundos de sua mente. No entanto, saiba que o impossível é apenas uma ilusão, uma barreira criada pela mente humana. Existe uma terceira via, uma saída dessa espiral descendente: a queda livre.

Assim como o alpinista que enfrenta o medo vertiginoso ao se aproximar da borda do abismo, você também deve dar o salto corajoso em direção ao desconhecido. Somente o choque abrupto da mudança pode quebrar os grilhões do autoimposto cárcere mental. É uma jornada assustadora, mas também poética em sua tragédia.

Então, qual caminho você escolherá? Continuar suportando as torturas gélidas do “inferno gelado” ou enfrentar o medo paralisante da queda livre? Lembre-se, você é o arquiteto de sua própria realidade, e o tempo está sempre em movimento, esperando por aqueles que ousam desafiar as sombras do autoimposto confinamento.

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